O chumbo impregnado nos jornalistas baianos
Por Pedro Caribé
Se enganam os que acham que os tempos de chumbo acabaram na imprensa baiana. Atualmente repórteres e ex-repórteres do A Tarde respondem por processos judiciais originários de empresas imobiliárias em Salvador. O jornal sequer é citado, e deixa os profissionais ao léu. O Sindicato dos Jornalistas só solta notas, e ainda sem citar os autores das ações e até mesmo esquece outros atingidos. A ABI então, nem cisca.
O primeiro a ser condenado é Aguirre Peixoto. Seis meses e seis dias em regime aberto, revestidos num multa de 10 salários mínimos. Na época das reportagens ele chegou a ser demitido do A Tarde e depois foi reintegrado devido mobilização bonita e singular da redação. Foi suspiro final. O curioso é que a ação envolve obras do governo do estado na capital, sob licenças ambientais da prefeitura. Só os empresários mostraram a cara, mas os processos envolvem muito mais gente, direta ou indiretamente.
Os réus tem dificuldades para se reunir e enfrentar o assunto coletivamente. Ainda assim, parece ser o único caminho para enfrentar o caso. Acho que alguns nem tem noção do que se passa ou se passará.
Tempos atrás instiguei uma ex-editora do A Tarde a denunciar os ataques judiciais após seu ativismo contra o Camarote Salvador como um caso de cerceamento à liberdade de expressão. Ela recebeu o comunicado dentro do jornal, mas disse que o caso não tinha nada a ver com sua atividade profissional. Ela não entendeu que sua função social estava para além de um empresa, e digo mais, para além de um diploma ou registro profissional. Envolve radialistas, comunicadores comunitários, blogueiros, escritores de facebook.
Sim, temos técnicas e tecnologias potentes para difundir nossas posições e informações. Mas as velhas amarras por meio do Estado, grupos empresariais e até mesmo na formação dos comunicadores persiste. Quem pratica algo que se identifica como jornalismo na Bahia sabe bem disso.
Se enganam os que acham que os tempos de chumbo acabaram na imprensa baiana. Atualmente repórteres e ex-repórteres do A Tarde respondem por processos judiciais originários de empresas imobiliárias em Salvador. O jornal sequer é citado, e deixa os profissionais ao léu. O Sindicato dos Jornalistas só solta notas, e ainda sem citar os autores das ações e até mesmo esquece outros atingidos. A ABI então, nem cisca.
O primeiro a ser condenado é Aguirre Peixoto. Seis meses e seis dias em regime aberto, revestidos num multa de 10 salários mínimos. Na época das reportagens ele chegou a ser demitido do A Tarde e depois foi reintegrado devido mobilização bonita e singular da redação. Foi suspiro final. O curioso é que a ação envolve obras do governo do estado na capital, sob licenças ambientais da prefeitura. Só os empresários mostraram a cara, mas os processos envolvem muito mais gente, direta ou indiretamente.
Os réus tem dificuldades para se reunir e enfrentar o assunto coletivamente. Ainda assim, parece ser o único caminho para enfrentar o caso. Acho que alguns nem tem noção do que se passa ou se passará.
Tempos atrás instiguei uma ex-editora do A Tarde a denunciar os ataques judiciais após seu ativismo contra o Camarote Salvador como um caso de cerceamento à liberdade de expressão. Ela recebeu o comunicado dentro do jornal, mas disse que o caso não tinha nada a ver com sua atividade profissional. Ela não entendeu que sua função social estava para além de um empresa, e digo mais, para além de um diploma ou registro profissional. Envolve radialistas, comunicadores comunitários, blogueiros, escritores de facebook.
Sim, temos técnicas e tecnologias potentes para difundir nossas posições e informações. Mas as velhas amarras por meio do Estado, grupos empresariais e até mesmo na formação dos comunicadores persiste. Quem pratica algo que se identifica como jornalismo na Bahia sabe bem disso.
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